quinta-feira, 24 de maio de 2012

As novas oportunidades no desemprego


terça-feira, 15 de maio de 2012

Hollande, França, Holanda...

Depois da vitória nas eleições francesas por Hollande, os partidos políticos holandeses já procuram um candidato que tenha como apelido France...

Um rapazola a quem calhou ser primeiro-ministro


DANIEL OLIVEIRA: ANTES PELO CONTRÁRIO
Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 14 de maio de 2012

"Estar desempregado não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade." Pedro Passos Coelho
Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas não se esqueceram de onde vieram e por o que passaram. Sabem o que é o sofrimento e não o querem na vida dos outros. São solidárias. Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros. São cruéis. Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas. E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.
Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco".
Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei amanhã. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir: como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro?

In Expresso.pt de 14-05-12.

sábado, 5 de maio de 2012

Alarido "Pingo Doce"

Há 2 coisas que não percebo sobre o alarido "Pingo Doce".

1.º "Ai, as lojas abriram no feriado, os trabalhadores são explorados" [aplica-se a todas as "GRANDES SUPERFÍCIES"].  Não percebo isto. Há tanta loja aberta neste dia (bombas de gasolina, restaurantes, televisões, técnicos de manutenção de telecomunicações, comboios, autocarros, etc), mas só os dos supermercados/hipermercados é que são escravizados neste dia. Se acham que ninguém deve trabalhar neste dia, então pára tudo. Quem quiser sair à rua sai por sua conta e risco. Se ficar sem combustível, volta a casa a pé e espera pela meia-noite. Enfim... "Ah, não se pode trabalhar neste dia!", mas quem profere estes discursos quer que estejam os repórteres a ouvir tudo e a preparar as notícias e reportagens (presumo que deve ser por amor à camisola e não por serem funcionários de alguém).

2.º Alguém não percebe porque tanta gente quis aproveitar os 50% de desconto? Mas haverá mesmo alguém que não quer fazer compras a metade do preço? Então porque têm os cartões dos supermercados, esperam pelos saldos, compram pela net para ser mais barato, acumulam cupões para o combustível, etc? Ainda por cima com a crise que está. E não interessa se foram bens de 1.ª necessidade ou não. TODA a gente quer comprar as coisas mais baratas, sejam essas pessoas pobres ou ricas (sim, porque já não há meio termo - "classe média" é uma expressão que vai passar a ser utilizada apenas nos livros de História). Aproveitar 50% de desconto para comprar sardinhas em lata e paletes de minis é mau, mas se fosse um carro topo de gama, um telemóvel, um tablet, uma casa, etc, com 50% de desconto, já toda a gente aproveitaria e faziam fila e conversavam animadamente enquanto esperavam.

Enfim...