sábado, 5 de maio de 2012

Alarido "Pingo Doce"

Há 2 coisas que não percebo sobre o alarido "Pingo Doce".

1.º "Ai, as lojas abriram no feriado, os trabalhadores são explorados" [aplica-se a todas as "GRANDES SUPERFÍCIES"].  Não percebo isto. Há tanta loja aberta neste dia (bombas de gasolina, restaurantes, televisões, técnicos de manutenção de telecomunicações, comboios, autocarros, etc), mas só os dos supermercados/hipermercados é que são escravizados neste dia. Se acham que ninguém deve trabalhar neste dia, então pára tudo. Quem quiser sair à rua sai por sua conta e risco. Se ficar sem combustível, volta a casa a pé e espera pela meia-noite. Enfim... "Ah, não se pode trabalhar neste dia!", mas quem profere estes discursos quer que estejam os repórteres a ouvir tudo e a preparar as notícias e reportagens (presumo que deve ser por amor à camisola e não por serem funcionários de alguém).

2.º Alguém não percebe porque tanta gente quis aproveitar os 50% de desconto? Mas haverá mesmo alguém que não quer fazer compras a metade do preço? Então porque têm os cartões dos supermercados, esperam pelos saldos, compram pela net para ser mais barato, acumulam cupões para o combustível, etc? Ainda por cima com a crise que está. E não interessa se foram bens de 1.ª necessidade ou não. TODA a gente quer comprar as coisas mais baratas, sejam essas pessoas pobres ou ricas (sim, porque já não há meio termo - "classe média" é uma expressão que vai passar a ser utilizada apenas nos livros de História). Aproveitar 50% de desconto para comprar sardinhas em lata e paletes de minis é mau, mas se fosse um carro topo de gama, um telemóvel, um tablet, uma casa, etc, com 50% de desconto, já toda a gente aproveitaria e faziam fila e conversavam animadamente enquanto esperavam.

Enfim...

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